BMW 328 – Melhor resumo da ópera da BMW

Sessão destinada a Série 3

BMW 328 – Melhor resumo da ópera da BMW

Mensagempor demetriuslopes » 09 Fev 2015, 10:14

Após um mês completados hoje com uma 328 Sport Activeflex 0km, resolvi escrever uma resenha sobre o automóvel e o que aguardar na atualização de meio de geração prevista pra 2016, tamanha empolgação com o carro. Uso a nova C250 de comparação em alguns tópicos por ter uma na família e ter certa rodagem nela, mas não me arrependo nenhum pouco de ter optado pela 328.

Tenho 26 anos, vinha de um Audi S3 Sedan como carro principal (na linha da Audi desde os 22 anos) e fiquei na dúvida entre a 328, C250 e M135, já que sempre tive hatch e seria o primeiro sedan, mas o fator pronta entrega e forte desvalorização de linha esportiva (como senti no S3) acabou pesando na escolha favorável ao 328 frente ao M135, fora que já tinha uma C250 na família. Tendo decidido enfim sair das argolas para a Bimmer, como meu carro principal ainda tenho outros 2 Audi na família, não me arrependendo nenhum pouco.

Fica registrado também finalmente a melhora da Autokraft na recepção de vendas, com destaque ao vendedor Daniel, que agora conta com equipe melhor preparada, até mesmo reformou a loja e fui convidado para o coquetel semana passada. Talvez seja a concorrência da Norden que abriu no Rio, pois nas outras 3 oportunidades optei pela Audi pelo péssimo atendimento prestado pela Autokraft. Espero que o pós-venda tenha melhorado, pois não tinha nada do que reclamar da Audi Center Botafogo.

Enfim, aí segue a "resenha":


-Introdução, o mercado de luxo

A BMW e Mercedes-Benz sempre foram sinônimos no mercado automotivo de prestígio, carros atemporais e de qualidade irretocável. A partir da década de 1980, principalmente 1990, com investimentos pesados do grupo Volkswagen (sendo responsável por 40% dos lucros do grupo), a Audi entrou com competência, sendo a ninfeta deste nicho do luxo automotivo, tanto que hoje disputa com a BMW a liderança mundial de vendas, o que faz movimentar o mercado, para o bem do consumidor, sendo as três marcas conhecidas como a trinca alemã, por entregarem ao consumidor, cada qual com sua característica peculiar, status, carros bem montados e tecnologias pioneiras, além de ditarem, o mercado como um todo em design como em tecnologias incorporadas. Por fora, com suas características off-road, controlada pelos indianos da Tata após a venda pela Ford, mas de DNA britânico, há a Jaguar-Land Rover, que conquistou os brasileiros principalmente com seus utilitários de características off-road e mais recentemente o mundo urbano com o Evoque.

Focando na trinca alemã, a BMW traz em seu DNA a esportividade e prazer em dirigir, a Mercedes a confiabilidade, tradição e conforto, a Audi a tecnologia aliada a esportividade e inovações, além de contar inegavelmente com a grande força do grupo Volkswagen, em Pesquisa e Desenvolvimento e compartilhamento de motores e plataformas, que briga com o grupo Toyota pela liderança mundial de vendas. Uma característica comum da trinca alemã é que seus carros geralmente tem um ciclo de geração de 8 anos (com total mudança de design, plataforma, motores, tecnologias embarcadas), com uma atualização (melhoria nos motores, toques no design e equipamentos) na metade da vida, raramente com algumas adições de equipamentos além disso, a não ser em final de ciclo total de geração ou por demanda do mercado. Assim garante-se aos compradores carros atualizados, menor necessidade de troca e maior valor agregado ao produto e menor rejeição e desvalorização na revenda, que já tem um índice considerável bruto devido ao alto valor, diferentemente de marcas não premium que a cada 1 ou 2 anos está lançando um “novo” carro geralmente sem mudança de plataformas, com alguns apetrechos, às vezes um novo para choque, e só faz desmotivar o comprador.

Especificamente no mercado de luxo a BMW vem mantendo a liderança mundial de vendas, seguida de perto pela “novata” no trio Audi, enquanto a Mercedes vem renovando seus modelos agressivamente a fim de atrair novos consumidores e não apenas aqueles habituados na marca, uma vez que ficou para trás nas vendas, apesar da confiabilidade irretocável de seus veículos. Esta briga entre a trinca vem agregando tecnologia, novos motores e conforto antes visto apenas nos carros topos de linhas aos veículos de entrada de cada marca.

O Brasil não ficou fora desta briga e despertou o interesse das líderes mundiais de luxo, que investirão bilhões de dólares em plantas nacionais, principalmente pela impulsão do Regime Inovar-Auto, que sobretaxou os importados além de pequenas quotas, hoje insuficientes para as líderes do mercado de luxo, sendo um grande baque para Volvo, Kia e as marcas chinesas principalmente.

Quem saiu na frente na disputa entre as principais marcas de luxo foi a BMW, com a fábrica em Santa Catarina operando desde Setembro, como parte da estratégia de se consolidar como líder nacional do mercado de luxo e entregar mais de 30 mil carros por ano em 2016, com a Série 3 representando 50% deste montante, além de saírem da linha nacional a Série 1, X1, X3 e Mini Cooper, que deverão ser produzidos ainda este ano, provavelmente o Série 1 já em facelift, fica na dúvida o X1 que no próximo ano ganha nova geração internacional, agora movida à tração dianteira. A Audi ataca produzindo ainda esse ano de A3 Sedan e no próximo de Q3, líderes de vendas nos seus segmentos e da marca, no Paraná. A Mercedes Benz produzirá o Classe C em São Paulo em 2016, mesmo ano que começa a operar a Jaguar-Land Rover no Rio de Janeiro, sem modelos definidos, mas provavelmente com o Jaguar XE e Land Rover Evoque saindo da linha. Contudo, quando todas tiverem em funcionamento pleno a BMW terá a maior fábrica de luxo montada no país pela trinca alemã e Jaguar-Land Roer, com capacidade de 30 mil carros/ano (podendo ampliar para até 70 mil, conforme demanda nacional e regional), sendo seguida pela Audi com capacidade de 25 mil carros/ano, Jaguar-Land Rover com 15 mil carros/ano e Mercedes 10 mil carros/ano, além claro de maior cota de importações para todas para outros veículos não montados nacionalmente, geralmente em maior degrau na gama, fora a possibilidade de sinergia com complementaridade de linhas através de fábricas operantes no México, como a Audi que fabrica naquele país Q5 e Q7, que tem tratado com isenção de cota e imposto automotivo com o Brasil.

Apesar disso, não se espera queda no preço, devido aos altos custos em dólares de investimentos feito pelas marcas, dólar em patamar alto e IPI integral. Contudo, cabe destacar que até o momento a trinca alemã não repassou os custos de IPI para os carros vendidos, ao contrário das marcas não premium e vem facilitando pagamento com diversas ofertas de parcelamento a juros zero, junto aos seus poderosos bancos corporativos, até mesmo para os carros topo de linha, uma vez que os bancos comuns tem limitado a oferta de crédito. Provavelmente devem estar queimando a gordura própria neste mercado sobretaxado pelo governo a fim de continuarem avançado em busca de novos compradores.

Cabe destacar que ao contrário do restante do setor automotivo, que apresenta queda vigorosa, demissões e fechamento de concessionários, a trinca alemã vem apresentando ritmo de crescimento galopante, fruto do aumento de rede de concessionários, marketing em TV aberta, melhoria do pós venda, melhor logística de peças de reposição (o que ajuda na queda também do seguro, fator importante para novos compradores), queda do custo de revisões, com a Mercedes adotando até revisão tabelada na Classe A, B e C, status agregados aos veículos de entrada com preços similares a marcas não premium, mesmo que menos equipados, e facilidade de crédito pelos poderosos bancos corporativos, principalmente o Banco Volkswagen e Banco BMW. Em 2014 enquanto o mercado nacional em geral viu uma queda de 7%, com previsão similar para 2015%, a Audi viu um crescimento de vigorosos 84%, assumindo a vice-liderança, a BMW apresentou 35% de aumento, mantendo a liderança, e a Mercedes, completando o pódio, apresentou 10% de aumento (desconsiderando a nada luxuosa Sprinter), tendo sido entregues mais de 30 mil veículos de luxo ao todo, um recorde apesar da crise econômica, seguindo uma tendência mundial, quando foram entregues 4 milhões de carros de luxo, com BMW e Audi, assim como no mercado nacional, brigando veículo a veículo pela liderança, principalmente pelas vendas exponencias na China. Nesta briga de cachorro grande quem sai ganhando são os consumidores, com cada vez mais tecnologia agregada a lançamentos e às renovações, e as marcas continuam investindo pesado, projetando entregas de 100 mil carros de luxo/ano até 2020.

Caberia uma crítica a Mercedes do Brasil, que precisa melhorar a logística para entrega de veículos aos consumidores a fim de rever até mesmo o 2o lugar, tendo em vista os pátios vazios das concessionárias e altos prazos de entrega, enquanto isso a BMW e Audi sob as novas direções tem sido impecáveis em não deixar uma espera insatisfatória, mesmo em recém-lançamentos, uma vez que sabem que acaba afastando o comprador deste ramo, que tem dinheiro no bolso, opção e geralmente não se apega à marca, tirando alguns clientes fieis, o que é sempre um desafio para quem atua no mercado de luxo. Talvez a maior conquista da marca seja a fidelização do cliente, já que vai estar ganhando 2 vezes, uma retirando do concorrente direto, já que a liderança representa status e marketing gratuito neste ramo desejado, e a outra mantendo o cliente por anos e este trazendo novos pelo boca a boca apaixonado, ainda mais com cada vez com clientes jovens buscando a trinca alemã, antes vista como carros de executivos na faixa de 40-50 anos, devido à ascensão social, facilidades de pagamento, menores preços de manutenção, melhores conjuntos nas opções de entrada e, claro, o status agregado à logomarca de cada uma das três, além da valorização altíssima dos bons carros 0km das marcas não premium que se aproximam cada vez mais da trinca alemã, o que faz o comprador pensar, por que não comprar um Audi, BMW ou Mercedes? Então as empresas tem que mostrar uma resposta clara. Claro que quem tiver num patamar acima (e provavelmente isto inclui idade também) e puder consumir Porsche, Lamborghini (ambas do grupo Volkswagen, esta última da Audi) ou Ferrari, dificilmente a trinca alemã vai conseguir ter modelos para segurar o ímpeto de compra, já que aí se entra num grupo super seleto, como Rolex e Philippe Patek alta reloajeria suiça, que dificilmente os topos de linha ou preparações esportivas da trinca alemã Audi RS, BMW M ou Mercedes AMG, apesar de suas qualidades, conseguirão fisgar o consumidor, exceto aquele que tenha uma frota de alto luxo na garagem.


-A Série 3 e seus concorrentes

Inegavalmente a Série 3 é o principal símbolo da BMW, assim como é a Classe C da Mercedes, marcando uma rivalidade secular, além do A4 da Audi (apesar do A3 ter feito o nome desta). Os Série 3, Classe C e A4 são os veículos mais vendidos historicamente de cada marca, e cada geração desses sedãs médios há uma expectativa imensa e maior esforço de cada uma para manter sua clientela, mais acostumada a troca em mudança de geração ou no máximo renovação, e trazer novos clientes, um pouco menos da concorrência direta já que é um segmento com seus fãs como torcedores de futebol, mas principalmente de marcas não premium.

A atual série 3 foi lançada mundialmente em 2012, de lá para cá poucos itens foram adicionados no 328, com destaque para motorização Flex após a 320, no fim de 2013, restrição atual à linha Sport no mercado nacional, deixando de lado a Comfort e Luxury e poucas tecnologias agregadas, além do fim de opcionais que só dificultam a compra neste nicho. Ganhará a entrega da montagem nacional a partir de Março em conjunto com o já apresentado 320 nacional. Por enquanto apenas a montagem de peças, que vem integralmente da Alemanha, até mesmo a carroceria já pintada, é feita em Santa Catarina. Mas a partir de Setembro, com toda a linha de montagem a pleno vapor, com exceção principal, de motor e câmbio, o veículo ganhará os índices de nacionalização previsto pelo Inovar-Auto , da carroceria à pintura a diversas peças, com fornecedores agregados se instalando no entorno

O ano de 2015 marca o primeiro ano cheio da mais antiga concorrência, com as novas gerações do Série 3 e Classe C. A Série 3 em sua 6a e atual geração retomou a liderança de vendas no segmento dos sedãs médios de luxo, posição perdida na geração anterior para a Classe C, mais luxuosa e equipada, através de uma entrega de um design primoroso com pacote mais recheado em conjunto com a já impecável mecânica. A Mercedes como contra-ataque lançou um novo Classe C ainda mais luxuoso no 2o semestre de 2014 tendo que invadir o terreno da BMW com um design agressivo para os padrões da marca, mecânica renovada com motor mais potente e suspensão um pouco mais esportiva e equipamentos vistos apenas no top de linha Classe S, mas talvez não seja o suficiente para ganhar a briga desta vez, mas de qualquer forma pode ganhar novos consumidores para a marca, principalmente de olho nos mais jovens, estratégia já iniciada com o novo Classe A, para desvincular a marca de compradores de mais idade, mas sem também perder seu público cativo.

O motivo da liderança inquestionável nestes 3 anos é que a BMW entregou na 6a geração da Série 3 provavelmente o seu melhor carro já feito em custos sonháveis, dentro do DNA da marca prazer em dirigir, com mecânica primorosa, linhas de design modernas, apesar de 3 anos de mercado, bom pacote de equipamentos, tecnologia, a melhor multimídia do mercado na sua versão Professional e ótima ergonomia e conforto ao motorista e ocupantes. Apesar da 320 ser a maior responsável pelas vendas, sem dúvidas a 328 é a que entrega o melhor pacote na gama, a um preço acessível, se assim podemos dizer quando entramos no patamar de duas centenas de milhares. Enquanto a 335, apesar de entregar um motor 6 cilindros, com seu ronco peculiar, detalhes estéticos da icônica M, com destaque para o volante, sensores dianteiros, moldura dos faróis de neblina, faróis direcionais, assistente de farol alto e som Harman Kadan, não compensa o preço de quase R$100 mil cobrado a mais , já levando o comprador a pensar nos mais luxuosos e exclusivos, como a nova Série 4 ou nos sedãs grandes como o já conhecido Série 5 ou o imbatível em vendas Classe E da Mercedes, provavelmente o melhor da marca da estrela no mercado após o topo e quase inatingível Classe S, além de um pouco mais de desembolso ter a exclusividade da Porsche ou Jaguar, que agregam mais status em nosso mercado.

Vamos então esmiuçar os detalhes, focando principalmente na 328 Sport pelos motivos alencados acima, única versão em venda no país atualmente, com leves comparações ao principal concorrente C250, uma vez que a Audi ainda não lançou a nova geração do A4, prevista apenas para 2016, que trará a nova identidade visual da marca de Inglostadt, agora com a logomarca no capô, como na BMW, e novas tecnologias e motores.

-Mecânica

A mecânica sem dúvida é a principal marca do DNA BMW em toda sua linha. A 328 entrega um excelente motor 2.0 turbo de 4 cilindros com 245 cavalos, 35,5mkgf de torque em apenas 1250rpm aliado a um primoroso câmbio automático ZF de 8 marchas, além de trocas manuais, modo Eco-Pro e uma suspensão variável, com diferencial de torque, nas quatro rodas aro 18 e de design de muito bom gosto, talvez faltando apenas um disco de freio mais musculoso em termos de estética. A perda de peso da nova geração e a típica distribuição do mesmo em 50% entre a frente e traseira garantem o desempenho, limitado eletronicamente a 250km/h. A C250 possui motor de 211cv, com igual torque, disponível em 1200, mas câmbio automático de 7 marchas, com menos modos de seleção de direção, que infuenciam menos no recapeamento eletrônico do carro e não possui suspensão variável.

O conjunto garante desde uma dirigibilidade calma até uma direção agressiva. O ronco é agradável principalmente para um turbinado de 4 cilindros, o vigor está presente em acelerações (0-100km/h em apenas 6 segundos) e retomadas, com motor sempre cheio, garantindo tranquilas ultrapassagens.

A posição de dirigir baixa típica da BMW está presente, garantindo uma melhor sensação de gravidade e esportividade, bem como a suspensão mais dura, apesar do conforto proporcionado pelo sistema variável que absorve os impactos excelentemente na direção.

Os pneus run-flat garantem percorrer por 80km a 80km/h em caso de avaria, além de desocupar o porta mala com estepe e garantindo menor peso, contudo produzem maior ruído interno, menor absorção de impactos e menor estabilidade sentida claramente na direção acima de 160 km/h, independente do asfalto, do que pneus convencionais de ultra performance, apesar da garantia pelos índices presentes nos pneus de rodarem na velocidade de até 270 km/h sem danos aos componentes, mas é difícil arriscar uma velocidade maior com a sensação transmitida ao volante.

O câmbio, apesar de automático, é perfeito, com ótimo conversor de torque, fazendo esquecer as trocas manuais possíveis pelos paddle-shifts, encaixando sempre a melhor marcha em quick down, acelarações e desacelerações, além de uma operação fácil que fica de aprendizado ao duvidoso automático 7G-Tronic da Mercedes, localizado atrás do volante onde seria o limpador de chuva.

A suspensão variável, diferencial de torque e a icônica tração traseira da BMW garantem a mais pura diversão para os motoristas mais exigentes, deixando o carro sempre na mão do motorista, permitindo entrar em curvas em alta velocidade com segurança, sem a saída de traseira com os recursos de estabilidade acionados, excelente absorção de impactos e tirando sorriso do motorista em serras sinuosas, como se fosse uma brincadeira de criança. O C250 optou por uma suspensão triangular com rebaixamento esportivo, em vez de independente, o que teoricamente é de engenharia mais moderna, contudo não trouxe amortecimento variável, deixando apenas para a futura versão AMG que contará com o Airmatic, assim deixando de fazer uma suspensão que alcançasse o desempenho no conjunto da 328

O modo Eco-Pro garante o mapeamento de resposta do acelerador, da direção e câmbio, indo desde um modo econômico em trânsito mais pesado até um arisco Sport + com os sistemas de tração desligados em track days ou estradas divertidas livres, permitindo deslizadas de traseira para quem tem mais habilidade e sabe entrar em curvas e aproveitar o efeito sobre-esterçante preferido por pilotos em curvas em carros com tração traseira, que é anulado pela tecnologia da BMW nos demais modos.

O sistema start-stop funciona de modo imperceptível, apesar de depender de fatores internos e externos para entrar em funcionamento, e da percentagem de álcool presente no motor.

A multimídia permite observar a cavalaria e torque demandados na aceleração. O launch-control permite largada em altas rotações sem destração para os mais ariscos. Apesar de anacrônico no segmento de luxo e abolido a partir da Série 5 e no C-250, o freio de estacionamento manual permite aos mais ariscos manobras de drifting, plenamente possíveis pelo excelente pacote mecânico. Pelo menos a capa da alavanca poderia ser menos simples e seguir um padrão esportivo, com um vermelho ao meio, como vendido à parte. Fica visível a ausência do auto-hold, apesar da assistência de partida em aclives.

O consumo fica na média de 9.0km/l com Podium no circuito urbano e 12.0kml no circuito rodoviário, não são os melhores números para um mercado que preza cada vez mais pela eficiência dos motores, principalmente tendo em vista os super eficientes motores da Audi, mas é o preço que se paga pelo melhor motor da categoria atualmente. Apesar da possibilidade de usar álcool, afinal foi o primeiro motor turboflex do mundo e feito na Alemanha, fica mais para propaganda, já que dificilmente o consumidor deste carro vai utilizar este combustível, exceto em extrema necessidade, tendo em vista que o consumo vai para 4.5km/l, desliga-se o Start-Stop e diminui o tempo previsto de revisões, este que é determinado automaticamente pelo automóvel conforme as condições de uso do motorista, iniciando a princípio em 1 ano ou 12.000km.

Cabe destacar que apesar de 3 anos de mercado, com certeza a BMW continua entregar, pelo menos na ausência da nova geração do A4, o melhor pacote mecânico, com motor mais suspensão, esportividade, e alegria insuperáveis pelo C250. Fica a árdua missão de melhorar ainda mais esta obra prima na renovação de meio de ciclo, mas espera-se melhora nos motores, que já é tradição nas renovações de meio de ciclo da BMW, com ganho de cerca de 15% de potencia e pequeno ganho ao já excelente torque em rotações de 1200, o que aumentaria ainda mais o vigor do perfeito motor.


-Design

Apesar da liderança de vendas do mercado de luxo há 3 anos no Brasil e mundialmente, exceto por algumas diferenças imperceptíveis aos leigos entre as versões (316, 320, 328 e 335) a Série 3 mantém um design atemporal e não enjoativo, diferente do Evoque, por exemplo. Tanto que poucos pontos serão mexidos na meia geração.

O capô longo associado, apoiado por molas a gás se levantado, com vincos que se incorporam perfeitamente ao parachoque, de forma para garantir estilo e segurança de dispersão de energia contra impactado, alia-se aos agressivos e icônicos faróis Angels Eyes, agora em refinados LEDs, e a entrada duplo rim com detalhes no contorno em cromado integrada primorosamente com os faróis em bi-xenônio otimamente alinhados e bem desenhados horizontalmente garante uma frente agressiva que faz os demais carros a abrirem passagem. Os detalhes em black piano em torno dos faróis de neblina garantem um requinte à dianteira. A BMW talvez seja a marca que mais se destaque em marcar seu design por peças, como o duplo rim e os Angels Eyes, deixando o lindo logotipo em 2o plano, diferentemente da Mercedes cuja marca é sua estrela, antes sobressalente no capô, agora em grande tamanho na grade, e da Audi com as grandes 4 argolas, agora associadas às belas linhas dos LEDs dos faróis. Fica de crítica na dianteira apenas a ausência de faróis direcionais, presentes no C250, e faróis halógenos nas luzes de neblinas, incompatíveis para a faixa de preço, principalmente tendo em vista que o concorrente C250 possui FULL LED, assistente de farol alto e faróis direcionais, entregando também uma moderna, bela e agressiva frente. A renovação de meio de ciclo trará retoques no sistema de iluminação e no parachoque dianteiro, espera-se que a concorrência faça a BMW trazer estes sistemas, presentes na atual 335, para a renovação de meio de ciclo, além de adicionar headlight, para deixar a frente ainda mais bela e funcional.

A lateral apresenta belos vínculos que integram a frente à traseira, mas não tão agressivos como do C250, com uma bela recaída do teto, com uma antena em barbatana, ao porta-malas, mantendo padrão o a tradição bavariana da linha, sem representar um estilo cupê presente na C250 (deixando essa missão para a Série 4), aliadas às belas rodas de aro 18. O black piano em torno das janelas entregam mais um ítem de requinte, sem apelar para os comuns cromados vistos no C250. Os espelhos retrovisores da cor do veículo originalmente integram as setas de direção, apresentam bom campo de visão. O teto solar de cristal é de comum, com abertura e escomoteamento, sem apresentar sky window, o que reforça uma aparência executiva do carro, idêntico ao do C250.. Não há qualquer indício de mudança no design lateral, já que não camuflagem nesta parte.

A traseira talvez seja o maior pecado do design da 328, tendo representado poucas evoluções à geração anterior, além do aumento da largura, que acompanhou o aumento do carro como um todo. O escapamento duplo, acabado em black piano poderia vir disposto cada qual em uma lateral para entregar maior agressividade, de preferencia em forma trapezoidal ou retangular. As lanternas bipartidas, com as externas maiores que as internas, não integradas por faróis em LED representa a maior crítica ao design. Com o recente facelift do Série 1 e o lançamento da gama Série 4 reformulando as lanternas traseiras de forma simétrica com um lindo LED integrando o conjunto, provavelmente será a melhor mudança de design no meio de ciclo, e provavelmente a única mudança que será trazida no design traseiro. Pelo menos a C250 apesar o belo conjunto de led traseiro, também peca no design recaído de sua traseira, enquanto a BMW precisa melhor apenas o conjunto de lanternas, uma tarefa mais simples.

O pacote visua externo feito pela AMG em rodas e parachoques dá um requinte de esportividade no C250 que só é visto no 335.

-Interior

O interior do 328 apresenta um acabamento excelente, com montagem impecável e ótimo acabamento, aproveitando-se de alumínio e black piano em excelente gosto, com couro natural nos bancos e portas com bela costura vermelha. O uso de borrachas e plástico de são agradáveis, mas perdem para a madeira e o couro de alto requinte do C250, que possui poucos plásticos ou borrachas.

Os comandos presentes nas portas são práticos, mas também perdem em requinte para os comando de aço da C250. Fica devendo pelo menos uma moldura em aço escovado nas aberturas das portas, comandos dos vidros e espelhos e na saída superiores dos ar condicionados. Um black piano nas saídas de som, no entorno da caixa de marcha e no conjunto de ar-condicionado e CD/DVD daria um requinte maior e complementaria com classe o belo black piano presente no painel . As saídas de ar condicionado mantiveram a tradição da BMW, sem maiores mudanças, tirando os contornos em alumínio e black piano. A substituição do plástico por aço daria melhor aparência pareando com a C250 que tomou belas, práticas e funcionais saídas da Classe S, assim como a Audi já adota no TT.

Apesar de ficar em luxo e requinte atrás da C250, que tem elementos até da luxuosíssima Classe S, em requinte da cabine, até mesmo uma característica da Mercedes-Benz, o 328 garante o DNA BMW em esportividade com toque de requinte.

Os bancos são extremamente confortáveis, com comandos intuitivos, bolsas laterais infláveis e memorização, extensores para pernas, garantindo longas horas de asfalto sem cansaço. Fica devendo apenas o ajuste lombar, presente na C250 e 335. A ergonomia e posição de dirigir são dignas de cockipit, ainda mais com o câmbio e os comandos do console e multimídia voltados para o motorista.

O painel de instrumentos mantém a tradição da BMW com o velocímetro analógico na esquerda e conta giros a direito iluminados de vermelho. Os marcadores de combustível e temperatura são analógicos, uma era que adota LED. Há uma tela LCD para o computador de bordo, que muda conforme a configuração do ECO-PRO, apesar de prática, colorida e funcional, fica faltando o esmero e beleza, assim como do painel de instrumentos como um todo, do C250, que conta com maior resolução, melhor acabamento e funções e é mais legível. Um ponto negativo é não ter como opção um velocímetro digital no computador de bordo, que conta apenas com funções básicas, além das vinculadas ao modo de direção.

Contudo, a multimídia possui 8.8 polegadas é muito bem acabada, ao contrário da deplorável presente na C250, e de prático comando com o iDrive, que possui comandos Touch, introduzidos no mercado pela Audi pela primeira vez, ficando muito a frente do confuso touchpad da C250. Não se sente qualquer falta ou necessidade de controle em touch diretamente na tela, que talvez seria melhor aceita na C250, pela tela mal colocada no belo console, ao meio das lindas saídas de ar condicionado,.

O volante mantém a tradição da BMW no design, com o belo emblema da marca bavariana ao meio com o alumínio no entorno, e couro bordado em vermelho com o trançado lembrando o da M. Apresenta boa pegada, direção direta e impecável, controle mutifunções prático e ao alcance das mãos. Peca por ser grande para os padrões atuais, excesso de plástico enrugado não atual, em vista que a Mercedes e Audi tem usado volantes mais esportivos, de base achatada, com mais couro completo ou plástico liso, mais práticos principalmente em manobras. Os excelentes volantes utilizados nas M poderiam servir de inspiração ou se tornar padrão na 328, como é da AMG na C250. Pena também que a regulagem seja manual, mas sem maiores pecados, padrão para marcas de luxo abaixo de 400 mil.

Um ponto fraco também são as pedaleiras de borracha, enquanto a C250 apresenta pedaleiras esportivas. Apesar da possibilidade de se comprar em acessório, é um ítem inadmissível não vir nem na 335, algo que a BMW tem que corrigir, pois pelo volume de produção é algo que sairia irrisório de valor e aumenta segurança e requinte interno.

A alavanca de câmbio, como já dita, é muito prática, mas também é bela e evita deslocamentos, mantem sempre a mesma posição com uma luz indicadora da marcha, possibilitando modo esportivo se puxada para a esquerda. O seu entorno imediatado poderia ser mais refinado com alumínio.

Os ocupantes são bem tratados pelos excelentes bancos, mas sentem mais as imperfeições do asfalto do que o motorista, já que a direção absorve impecavelmente. O carona conta com comandos automáticos. Os ocupantes traseiros viajam bem, apesar do ocupante central sofrer com o túnel elevado central devido à tração traseira, fica melhor utilizar o banco do meio como descansa braço ou para utilizar os acessórios. O espaço interno é bom, mas inferior ao Classe C, podendo ter que viajar com pernas rentes aos passageiros dianteiros dependendo da configuração destes bancos O C250 trata melhor os ocupantes traseiros devido ao maior entre-eixos por seu maior comprimento. Há saída traseira 12v e saída dupla de ar condicionado, apesar de não haver regulagem automática, idem no C250. Fica faltando uma saída USB para mimo de quem vai atrás.

O porta-luvas tem bom espaço, rede e compartimentos, falta uma saída de ar refrigerado. Há porta objetos nas portas, no console, no painel, no descansa braço, na traseira dos bancos dianteiros e no banco traseiro, com possibilidade de ampliação mediante acessórios.

Há 2 tomadas de 12v, além de entrada auxiliar, para USB (que permite atualizações da multimídia e integração desta com celulares), além do suporte spin-up (vendido separadaente) para diversos celulares.

O porta malas apresenta abertura automática pela chave ou por sensores pelos pés, sendo bem prático para quando está com as mãos ocupadas, inexistente no C250. Comporta 480 litros, contudo a abertura em pescoço de ganso acaba limitando o espaço para malas, um ponto negativo em relação ao C250, a qual conta com maior compartimento “subsolo”. Há redes para prender volumes, o rebaixamento dos bancos traseiros para aumentar o volume transportado é simples. No porta malas fica presente a bateria de regeneração de frenagem, que alimenta a bateria comum e permite maior economia, e desacopla automaticamente em caso de colisões. Encontra-se de ferramentas apenas uma chave Philips e segredo de rodas. Há o inútil, para leigos, kit de primeiros socorros, além do triângulo. Ao contrário da C250, que também usa run flat, a BMW abominou o macaco, chave de rodas e compressor.

Nos portas objetos, porta-luvas e porta-malas observa-se claramente a preocupação esmerosa da BMW na vedação para evitar ruídos internos com bastante estofado e isoladores, assim como no compartimento de motor, algo também visto com primor na C250. O ruído interno de ambos os veículos é um primor de paz, com leve vantagem da 328, talvez pela suspensão mais acertada que a da C250.

Diante do lançamento do C250 e seu luxuoso interior, inclusive feito pela AMG (tapetes, soleiras e volante) espera-se que a renovação de meio de ciclo, que não deve ter muitas mudanças exteriores além de faróis, parachoque dianteiro e lanterna traseira, traga um maior requinte, aliado à esportividade da BMW, ao interior a fim de manter a liderança de vendas. Deverá ter uma multimídia ainda mais completa com o novo iDrive, acabamento mais requintado com substituição da predominância de plástico de borracha e também um melhor computador de bordo, com mais funções e definição, porta luvas refrigerados. Não custa torcer para um marcador de temperatura e combustível que adote indicadores LEDs.

-Segurança e Tecnologia

O 328 apresenta como itens de segurança ativa possui ESP, ABS, EBD, Freio de discos ventilados e Controle de tração diferencial, que mapeia e em caso de falta de aderência de uma roda envia um maior torque a mesma a fim de evitar acidentes, além de prendedores para cadeiras isofix. Como segurança ativa há 6 airbags, frontais para passageiro e carona, de cortina para ocupantes dianteiros e traseiros e laterais para os dianteiros, fica faltando de joelho, presente na C250, mas à época do projeto não foi incluído e agora só numa nova geração. Há cintos de 3 pontos com pré-tensionamento e encostos ativos de cabeça, além de célula de sobrevivência, desligamento automático da parte eletrônica com abertura automática das portas em caso de colisão, uso de alumínio e aço de alta resistência a fim de evitar transmissão de energia aos ocupantes em caso de colisão, com 5 estrelas no N-CAP. O C250 possui identificador de cansaço, emitindo alertas para evitar que o motorista durma ao volante e por se tratar de projeto mais novo maior adoção de alumínio e aço de alta resistência, tendo melhor absorção de impactos.

A multimídia do 328 é a mais completa do segmento, apesar de estar em desuso há entrada de CD e DVD no console, que poderia dar espaço a porta objetos e ficar no porta luvas, como a Audi faz com os atuais lançamentos, 8 botões programáveis para funções favoritas, diversas configurações do carro (como luzes internas, externas, manuais, aviso de revisão, checagem do sistema de óleo/motor, checagem da pressão geral dos pneus), pareamento com o celular por bluetooth ou usb, esta última permitindo o aplicativo Connected Drive, que permite usar Facebook, Twitter, Deezer, Spotify e outros aplicativos, além de navegação na internet, biblioteca de músicas e contatos telefônicos, GPS 3D com pontos de referência, introdução por comando de voz, 20 gb internos para gravação de música, embora hoje todo mundo use direto do celular, e um som Hi-Fi de boa qualidade, embora não atinja grandes intensidades, apresenta clareza, possibilidade de ajuste de equalizador e sem distorções e é auxiliado por um subwoofer, 2 twetters e 5 altofaltantes, além da acústica do painel, tendo boa potência para músicas como eletrônica e metal. Com certeza a multimídia é um banho no C250 que apresenta introdução confusa de comandos pelo touchpado, pouco ergonômica e menos funções, além de um som de menor qualidade, apesar de ter funções semelhantes, uma bonita apresentação similar ao coverflow da Apple na parte de música e aceitar os praticamentes inexistentes SD, mas com capacidade de 10gb. Deve-se atualizar a multimídia na renovação de ciclo, espera-se novas funções, como televisão digital, vídeos pelo celular, atualizações de do GPS, além de novo aplicativo para celulares aceitando outros aplicativos e introdução de português do Brasil devido à fábrica nacional, já que atualmente utiliza o de Portugal.

O teto solar é de cristal, com uma boa vedação térmica além de uma cortina não perfurada que agrada, diferente do C250 que é perfurado e deixa passar maior calor. O ar condicionado é automático com dual zone, com controle de potencia, de ótima qualidade de resfriamento, embora as saídas do C250 sejam mais práticas de se manusearem. O para brisa traz uma pequena faixa em degradê, inexistente no C250.

Há ainda sensores traseiros com uma excelente e discreta câmera de ré com top view, que facilita muito as manobras. Fica sentindo falta o sensores dianteiros, até mesmo por se tratar de um carro baixo mesmo na posição mais alta do banco, e sistema de estacionamento automático em vagas perpendiculares e horizontais, encontrados no C250, embora este não conte inexplicavelmente com câmera traseira, um equipamento de muito menor requinte. Torcer para que a renovação de ciclo traga os sistemas que há na Mercedes e faltam na BMW.

No mais há o que se espera no carro nessa faixa de preço, travamento automático (por segurança, tirando a trava central, todas as destravas precisam de 2 toques), limitador de velocidade, aviso de ultrapassagem de velocidade, controle de cruzeiro com redução ou aumento na mão, sensor crepuscular, desembaçador dianteiro e traseiro, pacote de luzes em led pelo interior, portas e maçanetas, soleiras cromadas, espelho interno e externo antiofuscante, espelhos externos rebatíveis eletronicamente (inexistentes no C250), faróis com regulagem de altura automático e limpadores e sensor automático de chuva com escolha de sensibilidade, que fica um ponto negativo que tem que ser ligado por botão toda vez que se liga o carro para funcionar de fato, não há uma posição específica na alavanca, ao contrário da C250. O carro apresenta comfort access, que permite que com a linda chave BMW no bolso se abra as portas e mala e feche portas, janelas, teto solar e rebata vidros, além de partida por botão. Apesar da C250 ter uma bonita chave, a entrada por keyless é necessário ligar a chave na ignação no painel, assim como numa Sprinter, não há partida por botão.

Os controles de tração e start e stop podem ser desligados a qualquer momento.

-O futuro da Série 3, 328 e do mercado de luxo

Além do já citado que provavelmente deve mudar na renovação de meio de ciclo da 328, tudo ainda é muito especulativo, em cima dos carros de testes flagrados, e só dá para ter certeza mesmo do que vai fazer mudado no exterior, onde há camuflagem forte, como já dito nos parachoques e faróis dianteiros, além de lanternas traseiras, seguindo o padrão similar visto talvez na Série 1 atualizada. A atualização de motores de toda a linha é sempre tradição em meio de ciclo, com o ganho de força já relatado, chegando próximo da 335 atual. E como o meio de vida do carro é no final do 1o semestre de 2016 espera-se para tal o lançamento do mesmo, provavelmente como linha 2017. Com a existência de fábrica no Brasil, já em plena operação, capaz de entrar em produção a partir do início do 2o trimestre e até acompanhar o lançamento no mercado internacional, que deve ocorrer no final do 1o semestre ou início do 2o semestre de 2016. Não há especulações para mostra do carro final nos grandes salões de automóveis deste ano, até mesmo que se tal já tivesse para ocorrer mulas sem camuflagem pesada já seriam flagradas pela Alemanha, além de peças de fornecedores.

Não houve vazamento de fotos no interior, mas as especulações quanto à uma nova versão da multimídia são fortes, bem como uma atualização no interior para aumentar o requinte para fazer frente, dentro do DNA da BMW, à concorrência da C250, adotando materiais mais nobres em substituição a plástico e borracha, talvez com mais alumínio e couro, já que madeira fugiria do padrão esportivo do carro. Até mesmo por ser o carro responsável por mais da metade das vendas da BMW mundialmente, uma perda de vendas seria fatal para o grupo perder a liderança para a Audi que está na cola com menos de 10 mil carros de diferença em 2014 e com projetos como o novo TT e R8, reestilização do A1 este ano, além da operação de novas fábricas mundiais, inclusive brasileira, e os best sellers A4 e A5 em nova geração no início do próximo ano, além de Q5 e Q7, além da agressividade do grupo Volkswagen, até financeiramente maior que a BMW, em tornar a Audi como marca como a líder no mercado de luxo, posição só não alcançada ainda pelas vendas fracas norte-americanas se comparadas à Europa e China, mas que pode mudar com a nova planta mexicana, e lançamento dos novos sedans e utilitários, já que a Audi tem a vantagem de utilizar as plataformas modulares do grupo Volkswagen o que abaixa custos, agiliza lançamentos, já que pode ser produzido o mesmo carro mundialmente de forma rápida e o forte trabalho em marketing da marca, contando inclusive com provável entrada na Formula 1 em 2016, cabendo destacar 8 anos de invencibilidade na Le Mains da Audi.

Assim, dentro do já visto por fotos e do fortemente esperado, torce-se para outras atualizações além do já citado, mas ainda no campo de especulação pela distância da renovação e pela BMW ser uma firma de evitar o máximo segredos no que virá na renovação de meio de ciclo.

Essas especulações são mais tendo em vista que a BMW tem de enfrentar a C250 e o novo A4 e A5 a partir de 2016, justamente quando sai a atualização da 328. Como a Audi promete tecnologias de ponta em sua nova linha, e a C250 apresenta um requinte inegável interior e tecnologias incorporadas superiores a 328 atual, não seria de admirar que a concorrência forçasse a BMW trazer tecnologias do 335 para a renovada 328 e até algumas da Série 4 e 5 a fim de manter seu carro mais vendido no topo das vendas diante do C250 e A4. Assim não seria de duvidar que a 328 renovada, resumindo, além de design e motores renovados, conte com sensor dianteiro e sistema de estacionamento automático, faróis FULL LED com xênon direcionais com assistente de farol alto, desembaçador de vidros externos, preparação M no design a fim de concorrer com a preparação AMG, pedais esportivos, além de maior requinte interno em materiais e multimídia renovada. Já a renovada 335 deve contar com funções de frenagem de emergência, cruzeiro com frenagem automáticos, detector de pontos cegos e assistente de manutenção de faixa e fechamento automático do bagageiro, já presente na 428, a fim de agregar maior pacote e justificar o maior preço cobrado além do motor frente a 328. A 320 deve continuar o carro chefe de vendas da Série 3, com atualizações pontuais, em motor, no design pevisto, que é padrão da linha, sem maiores incorporações tecnológicas, a fim de manter o bom preço para atrair o público para a BMW. Provavelmente as preparações tops da 320, atualmente SPORT GP, venham trazer benefícios semelhantes da 328 renovada tirando alguns pontos, como sensor dianteiro, câmera de ré e os sistemas avançados de auxílio ao motorista e preparação M.

Conclusão

O inegável é que no conjunto a 328 hoje representa o melhor carro do segmento, mas na indústria automobilística nada fica parado, muito menos os líderes, ainda mais diante de concorrência forte como o C250 e futuro A4, com uma Audi fazendo de tudo para ser líder em vendas no mercado de luxo. Então provavelmente tecnologias já embarcadas na 428 que são praticamente as mesmas da 335 retirando o motor, que custa pouco mais que a 328, com exceção do Harman Kadan que deve ficar de diferencial para upgrade para a 428 ou 335, além de motor e sistemas mais avançados de segurança desta que devem vir do série 5 que está em fim de geração, deve ser incorporada às renovadas 328 e 335, além de atualizações mais pontuais da 316 e 320, a fim de que a BMW termine esta 6a geração da Série 3 como líder incontestável, papel que vem assumindo com honraria e que até agora não está sendo ameaçada, mas como na vida quem fica parado fica para trás, a escolha é o futuro e futuro automobilístico é incorporação de tecnologias, principalmente para manutenção da liderança.
Editado pela última vez por demetriuslopes em 15 Fev 2015, 08:48, em um total de 1 vez.
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Re: BMW 328 – Melhor resumo da ópera da BMW

Mensagempor fabio_sd » 09 Fev 2015, 18:33

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Re: BMW 328 – Melhor resumo da ópera da BMW

Mensagempor demetriuslopes » 15 Fev 2015, 08:36

Obrigado, tava empolgado no momento da escrita fazendo 1 mês de carro. Sou médico psiquiatra.
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Re: BMW 328 – Melhor resumo da ópera da BMw

Mensagempor RegisN » 15 Fev 2015, 13:56

Caro,

Excelente texto. Também tenho uma 328 Sport flex e gosto muito do carro.

Alguns pontos:
A 328 não tem suspensão variável (nem a 335i). Esse opcional infelizmente não faz parte do pacote Brasil. ( um jeito legal de saber exatamente o que seu carro tem é usando o número de chassis... Tem vários sites por aí que baseado nele te dão o dia que foi fabricado e todos os opcionais do carro. A suspensão variável chama-se M Adaptative suspension e não faz parte do nosso pacote)

Não sei o que vc quer dizer por diferencial de torque, mas se for diferencial auto blocante, a 328i tbm não tem... Ela até tenta simular isso com freio mas não é a mesma coisa

Por último, a sua tbm é mais rápida com gasolina podium do que com etanol? Fiz vários testes utilizando o app da BMW e ela é consideravelmente mais rápida com gasolina...

Grande abraço

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Re: BMW 328 – Melhor resumo da ópera da BMW

Mensagempor Bebeto » 15 Fev 2015, 17:25

Parabéns pelo texto Demetrius, demorei um tempo para concluir a leitura, mas li tudo... Eu posso te dizer que você escreve melhor que muitos "entendidos" de revistas... Se metade do que disse for inserido na 328, seria ótimo!!! Melhor ainda seria se a 320 recebesse alguns mimos no facelift!!!

Sinto falta de alguns itens, que muitos dispensam apenas por estarem a bordo da marca BMW...

Abraços.
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Re: BMW 328 – Melhor resumo da ópera da BMW

Mensagempor Valerius » 20 Fev 2015, 21:00

Demétrius, Parabéns.

é de pessoas como você que precisamos por aqui, isso é um presente para quem é adorador de carros como a maioria de nós que fazemos parte deste fórum.
Atualmente possuo uma 320 flex com chip. Penso em pular direto para uma 335. Já que entende legal de Audi, estarei postando um novo tópico e gostaria muito de sua opinião.
Nos vemos lá.

Um abraço!
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Re: BMW 328 – Melhor resumo da ópera da BMW

Mensagempor demetrius » 22 Fev 2015, 10:49

Meu login demetriuslppes não tava entrando, tive que criar este novo.
Realmente a suspensão não é variável, nem a C250 possui AirMatic, foi ato falho, na verdade o amortecedor do conjunto de suspensão é variável, o que faz ter um rodar bem melhor do que o C250, apesar da MB privilegiar conforto...
Uso podium, usei apenas um tanque de álcool, além de observar que rende mais, obviamente, o consumo é menos da metade com Podium. Apesar de flex acredito que não devem ter remapeado para dar a potência a mais com álcool, não compensa nenhum pouco o custo x benefício, ainda mais tendo em vista que a revisão é dada pelo consumo de combustível.
Responderei o tópico sobre Audi no que vc criou.
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