Sou proprietário de uma motocicleta BMW R 1200 GS Adventure, ano 2014, adquirida em 10 de julho de 2014, numa concessionária da marca em Campinas – SP, com todas as revisões/ manutenções executadas nessa mesma concessionária, desde sua retirada como veículo 0 KM.
Na última revisão que fiz nessa motocicleta, procurei uma oficina especializada em motocicletas dessa marca e similares, primeira revisão executada fora da rede credenciada BMW, revisão de 90.000 KM. O serviço foi executado conforme se prepõem a um veículo com essa quilometragem, onde para surpresa minha e do mecânico, constatou-se uma oxidação extremamente avançada no eixo de transmissão, popularmente conhecido como eixo cardã, já comprometendo inclusive seu uso, pois no encaixe desse eixo ao sistema diferencial já havia folga, podendo esse sistema vir a quebrar a qualquer momento.
Diante desse fato, procurei a concessionária que havia, até então, efetuado todas as revisões nesta motocicleta, solicitando uma providência para reparação dos danos causados neste componente, pois o custo para seu reparo, orçado pela BMW é de R$ 7.690,66.
A BMW do Brasil e sua concessionária, num primeiro momento, se negou a entender o problema afirmando a todo momento que a motocicleta não estava mais em garantia e que eu deveria assumir todo o custo para seu reparo.
Bem, resumindo, só consegui a atenção da BMW Brasil depois que formalizei, pôr e-mail, o ocorrido, para o SAC da BMW aqui no Brasil e também para à Alemanha, onde após alguns dias fui informado que a BMW iria assumir 50% do valor orçado para o reparo da motocicleta.
Quero deixar evidente, neste texto, minha indignação e insatisfação com uma empresa como a BMW, pois com todas as evidências referentes ao cumprimento do solicitado no manual do proprietário do veiculo atendidas, inclusive as revisões/ manutenções feitas na mesma concessionária da marca, a MBI Motors em Campinas, e mesmo assim me imputaram pagar 50% do prejuízo que eles mesmos causaram, pela omissão nas revisões, por não terem verificado o eixo de transmissão.
Outro fator que me causa estranheza é o fato de uma motocicleta considerada de categoria “Premium”, com custo de aquisição em torno de R$ 90.000,00, possuir um componente, que, com três anos e alguns meses de uso, possa oxidar ao ponto de ser inutilizado.
Deixo aqui também meu alerta para os proprietários, desse modelo de motocicleta, que solicitem a verificação do eixo de transmissão, nas revisões, para não serem surpreendidos com sua quebra numa rodovia, ou mesmo terem que substituí-lo por oxidação.
Nota: Apesar de divulgado, pela marca, de que a motocicleta pode ser utilizada em todo terreno, essa só rodou em asfalto.